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Foto do escritorLeonardo Rocha

Vamos falar sobre pré-impressão? - Iniciante

Antes de falarmos sobre a separação, é fundamental pensarmos na otimização do processo de confecção e acerto de matriz, lembrando que na estamparia o maior ganho que podemos obter é otimização de tempo. Por isso vamos tocar nesse assunto pouco abordado, a padronização na criação e no acerto do arquivo.



Modelo de gabarito - Fonte: próprio autor

O Gabarito

Imprimir as separações, definir as telas na impressão e registrá-las pode consumir muito tempo. Para tornar o processo de setup mais rápido e fácil, vamos ajudá-los a elaborar um gabarito que pode ser usado sempre que você precisar definir as suas separações.

Como faremos isso?

Tendo todos os componentes necessários padronizados, para que a imagem sempre esteja na mesma posição, facilitará, e muito, o registro do trabalho no momento da impressão. Os principais componentes que devem ser incluídos no modelo são: marcas de registro, caso esteja imprimindo adesivo a marca de registro pode ser feita com a própria marca de corte, barra de escala de cinza e nome das cores. Além disso podem ser criados uma “retranca” com informações adicionais como quantidades de fios por centímetros da tela, sequência de impressão, lineatura (LPI), data , nome do trabalho e o nome do cliente também podem ser incluídos para facilitar a identificação tanto da tela quanto do fotolito que será arquivado posteriormente.

As marcas de registro são as mais importantes dos elementos e necessários nesse gabarito. Sem eles, não há como alinhar ou registrar todas as cores. Eles devem ser posicionados na parte superior central, central inferior e superior direito. Os dois no topo sempre permanecerão na mesma posição, mas a marca de registro inferior e a impressão informações podem ser movidas para cima ou para baixo, conforme necessário. Uma alternativa para que haja menos variações, é estabelecer uma quantidade de 4 modelos fixos, variando de acordo com as características de tamanho e posicionamento de cada trabalho.


Marca de registro - Fonte: Próprio autor

Ao criar uma marca de registro, inclua um círculo, duas miras e um pequeno quadrado. Cada linha terá uma espessura diferente, como como 0,2, 0,3 e 0,5 mm para ser referência e garantir que todas as espessuras sejam gravadas na tela, e posteriormente impressas. Se alguma das linhas não estiverem visíveis, as informações podem ter sido perdidas, o que pode afetar a qualidade na impressão.


Portanto, este é um bom indicador de que a tela precisa ser regravada. Ao criar a marca de registro, certifique-se de colorir usando a "cor de registro" no software. Todas as cores contidas no trabalho aparecerão automaticamente em todas as separações, quando impressas.


Cor de registro no Adobe Illustrator - Fonte: próprio autor

Uma barra de escala de cinza é uma boa ferramenta para incluir no gabarito, pois é um medidor onde mostrará se você está segurando todas as variáveis de porcentagens no meio-tom (retícula), além de avaliar o ganho ou perda de ponto. Se alguma informação estiver ausente ou preenchido, é um bom indicador que as porcentagens na imagem estão enfrentando o mesmo problema, e a tela provavelmente deverá ser refeita para obter uma melhor impressão. Ao criar a escala de cinza, faça uma série de pequenos quadrados (cerca 5x5mm) com percentuais 100%, 90%, 75% 50%, 30% e 10% ou os percentuais que mais se adequarem ao seu processo.


As cores da tinta devem estar listadas no gabarito, mas ao invés de colorir com cor de registro, cada nome de tinta deve ser pintado com sua respectiva cor estabelecida no software de edição. Dessa forma, quando as separações são impressas, cada tela terá seu próprio nome de tinta específico, facilitando a identificação da cor de cada matriz.

Após a separação e configuração das imagens no gabarito, é hora de imprimi-las. As impressoras jato de tinta, requerem o uso do RIP para imprimir as retículas ou utilizar o próprio photoshop que realizará a simulação dos pontos, no momento da impressão dos fotolitos.


Fonte: próprio autor

Com as separações impressas, você está pronto para estabelecer seu padrão de trabalho. Faça uma impressão e se necessário realize os ajustes. Terá seu acerto mais rápido para próximas produções, ajudando na otimização do tempo.

Lembrando que após o acerto, as informações que não compõem a imagem, devem ser devidamente tampadas para impressão do trabalho.




Referência: CLEMENT, Dane. Separações para serigrafia. Revista SGIA. Estados Unidos. v.8 , p.9-10, 2020.







Leonardo Rocha (Técnico Serigráfico e Professor): Possui graduação em Tecnologia de Produção Gráfica pela faculdade SENAI Theobaldo De Nigris. Tem experiência na área de produção de arquivos digitais para o segmento gráfico de embalagens metálicas, ênfase em Projetos e Planejamento no processo serigráfico. Precursor da oficina de serigrafia para pessoas com deficiência visual. É instrutor na SILKTV Academy.


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"Trabalhando todos os dias para levar informações relevantes e melhorar a qualidade do mercado serigráfico brasileiro!"

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3 comentarios


Excelente postagem.

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Leonardo Rocha
Leonardo Rocha
17 mar 2020

Thiago. No Photoshop funciona muito bem, porém ele é um editor de imagens, dizemos que essas reticulas é uma simulação, pois o programa trabalha em pixel. Logo não terá um formato tão uniforme, além disso no RIP o percentual de retícula tem maior fidelidade. Eu indico o gsview. Talvez não note tanta diferença mas devido a fidelidade do RIP os pontos ficam pouco menor que no Photoshop.

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Thiago  São Paulo
Thiago São Paulo
17 mar 2020

Faco minhas reticulas no fotoshop... e queria usar um rip p ver qual a diferença p mim tenho uma hp t120 faco simulado serigrafia bons no fotoshop so não uso o rip.. qual me indicar... Moa

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